quarta-feira, 23 de abril de 2008

Maiakovisk




E o sol:“Está certo, mas não se desgoste, não pinte as coisas tão pretas.E eu? Você pensa que brilhar é fácil? Prove, pra ver! Mas quando se começa é preciso prosseguir e a gente vai e brilha pra valer!” Conversamos até a noite ou até o que, antes, eram trevas Como falar, ali, de sombras? Ficamos íntimos,os dois. Logo,com desassombro, estou batendo no seu ombro. E o sol, por fim:“Somos amigos pra sempre, eu de você, você de mim. Vamos, poeta, cantar, luzir no lixo cinza do universo. Eu verterei o meu sol e você o seu com seus versos". O muro das sombras, prisão das trevas,desaba sob o obus dos nossos sóis, de duas bocas. Confusão de poesia e luz, chamas por toda a parte. Se o sol se cansa e a noite lenta quer ir pra cama, marmota sonolenta, eu, de repente,inflamo a minha flama e o dia fulge novamente.



Brilhar pra sempre, como um farol,
Brilhar com brilho eterno,
Gente é pra brilhar,
Que tudo o mais vá pro inferno,
Este é o meu slogan
E o do sol.

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