quinta-feira, 18 de junho de 2009

Últimos Dias

... E de olhar esta folha, se cai.
Na queda retê-la. Tão seca, tão morna.
Tem na certa um cheiro, particular entre mil.
Um desenho, que se produzirá ao infinito,
e cada folha é uma diferente.
E cada instante é diferente,
e cada homem é diferente,
e somos todos iguais.
No mesmo ventre o escuro inicial,
na mesma terra o silêncio global,
mas não seja logo...
Carlos Drummond de Andrade

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